top of page

EU, MARIA, NA SOCIEDADE

Por: Vinícius Fascina

Foto cedida por Maria Paula Vieira

A modelo e fotógrafa Maria Paula Vieira, de 23 anos, é cadeirante há 10 anos, mas ela contou que desde criança já possuía dificuldade de locomoção. Com 3 anos, teve uma doença genética rara que atrofiou seus pés e suas mãos, ocasionando uma deformidade congênita adquirida. Porém, nem esse acontecimento impediu que Maria realizasse o sonho de se tornar fotógrafa. O que ela não esperava é que, a partir daí, se apaixonaria também pelo mundo da moda e dos comerciais.

Maria teve a primeira oportunidade no campo da moda inclusiva quando uma amiga a indicou para um comercial da Rede Globo. Ela fez o teste, passou e desde então, tudo mudou: uma agência de modelos a contratou para fazer uma série de ensaios fotográficos e comerciais.

“O deficiente é visto como uma pessoa feia, que não possui beleza alguma... Mas isso não é verdade. Já chegaram para mim e falaram ‘nossa, você é cadeirante? Mas é tão bonita...’”, relata a modelo.

Segundo o que a fotógrafa acredita, são poucas as empresas que se preocupam com a inclusão e isso acaba afetando também o mercado da moda e da beleza. “Eu acredito que a partir de agora isso vai mudar. Os jovens estão abrindo a mente e dando a cara a tapa, estão se unindo para as coisas acontecerem e para acabarem com um padrão de beleza”, disse.

Ainda de acordo com Maria, a moda inclusiva deveria existir ainda mais para, talvez, abrir a mente das pessoas para que exista,de fato, uma inclusão, não só na moda, como também na sociedade.

Fotos cedidas por Maria Paula Vieira

bottom of page