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A VIDA APÓS A MODA INCLUSIVA

Por: Natália Leme

Até pouco tempo, Ravelly Santana, de 20 anos, estudante de Jornalismo, nem pensava que sua vida poderia mudar radicalmente, e encontraria na moda inclusiva uma opção para levantar sua autoestima. Após ter uma infecção generalizada e necessitar amputar a perna direita, ela precisou passar por um processo de readaptação e foi convidada para participar de um projeto sobre moda inclusiva.

No dia 28 de março de 2015, Ravelly estava em sua casa e começou a passar mal, ao ser levada para o hospital, descobriu que estava em um estado alarmante, com o intestino perfurado e uma grave infecção generalizada, ela tinha apenas 5% de chance de viver. Ela precisou passar por cirurgias e tomar medicamentos vasoativos que geraram uma trombose na perna direita, que precisou ser amputada.

Quando voltou para casa estava pensando tudo iria acabar, porém os remédios para dor foram perdendo o efeito, ela ficou magra demais, tinha tudo para deixar sua autoestima cair, porém decidiu que 2016 viveria sua vida da melhor forma possível.

Ela foi convidada para participar de um documentário chamado meu Corpo É Real, que foi produzido pela Michele Simões, e acabou conhecendo outras pessoas com deficiências que haviam participado do concurso de moda inclusiva de São Paulo. Ela acabou se interessando pelo concurso e fez a inscrição para ser uma das modelos.

Foto cedida por Ravelly Santana

Confira o documentário: Meu Corpo é Real 

Vídeo cedido por Michele Simões, idealizadora e produtora do documentário.

Foto cedida por Ravelly Santana

Então, ela foi chamada pela produção do concurso para desfilar usando as roupas desenvolvidas por uma estilista argentina, que desenhou as roupas adaptadas as suas necessidades e tirou as medidas através de videoconferências. Depois disso ela criou um blog e acabou conhecendo a modelo Paola Antonini , que a incentivou a continuar produzindo conteúdo.

 

Em 2016 ela também desfilou para esse concurso, que já está na sua oitava edição.

Ravelly acredita que suas dificuldades na hora de comprar roupas fazem parte da infraestrutura de algumas lojas, como por exemplo provar uma roupa em um provador não adaptado é muito mais difícil, também encontra desafios na hora de comprar sapatos devido a sua prótese, sempre é mais difícil para ela achar um calçado que se adapte e seja do seu gosto.

Por gostar desse universo da moda, ela acredita que projetos como o documentário que participou e o concurso realizado pela secretaria de São Paulo, fazem o mercado perceber que precisa se adaptar as necessidades de pessoas com deficiência.

Fotos cedidas por Ravelly Santana

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